
Parques ou Jardins Verticais como Compensação Ambiental
08 de setembro de 2016
Já fizemos um post anterior falando sobre telhados verdes como tendência mundial. Hoje, vamos discorrer sobre uma outra iniciativa similar, com projeto em andamento na cidade de São Paulo. Trata-se da criação de parques verticais (jardins verticais em escala urbana) em empenas cegas de edifícios (paredões sem janelas).
Em São Paulo, o Movimento 90º encabeçou o projeto Corredor Verde do Minhocão e deve concluir até o final deste ano 10 edifícios com parques verticais (6 já estão prontos). No dia 19 de setembro próximo, o Movimento irá inclusive celebrar 1 ano da instalação do primeiro projeto do corredor com um evento no Elevado.
Os parques verticais trazem uma série de benefícios, tanto para os moradores ou usuários das edificações, quanto para a região no entorno. Veja abaixo.
- Melhoria da qualidade do ar, pois os parques podem reduzir em média 30% da concentração de gases poluentes. Cálculos feitos pela Universidade de Michigan indicam que 5.000 m2 de superfície verde reduzem em mais de 16 toneladas as emissões de dióxido de carbono.
- Atuação no controle térmico das edificações. Os parques verticais são capazes de reduzir a temperatura interna em até 7 graus. Isto resulta também em economia de energia elétrica porque requer menor necessidade de resfriamento artificial (ar condicionado).
- Redução considerável de poluição sonora. Os parques verticais atuam como eficientes isolantes acústicos.
- Melhoria da estética da cidade e consequentemente da qualidade de vida dos habitantes. Estudos mostram que as pessoas ficam mais felizes em contato ou com visualização de áreas verdes. Além disso, há impacto também no aumento da biodiversidade em centros urbanos, não só em relação à vegetação, mas também com relação à pássaros e insetos.
- Não há perigo de infiltração e exige pouca manutenção. Os parques são plantados sobre placas de metal que protegem a parede contra a umidade e podem inclusive ser retiradas posteriormente sem danificar a parede original. E os parques empregam irrigação automatizada (que pode conduzir adubação também).
Na Cidade de São Paulo, a iniciativa foi incentivada também por uma legislação específica (Decreto 55.994 de 10 de março de 2015) que passou a permitir que empresas com dívidas ambientais bancassem empreendimentos como mecanismo de compensação ambiental. A ação tem de ser aprovada junto à SVMA (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente).
Então é isto. Que tal realizar compensação ambiental e ainda contribuir para uma cidade mais bonita e respirável? A acr arquitetura apoia esta ideia.